Artigo

Estratégias vencedoras de Data Intelligence partindo da Cultura de Dados

Paulo Pereira junho 29, 2022
A interiorização de uma cultura de dados e o conhecimento necessário para que a Data Intelligence se viabilize na empresa

Segundo José Salibi Neto, co-autor dos best-sellers Gestão do Amanhã e O Novo Código da Cultura, entre outros excelentes livros de gestão, há pelo menos 14 anos, as empresas de todo o mundo lidam com mudanças tecnológicas, que passaram a afetar suas rotinas, os pontos de venda e os perfis de consumidores, colaboradores e líderes. Muitas adaptações foram impostas por uma nova ordem mundial, que também podemos chamar de Era Digital, na qual termos como big data, inteligência artificial, analytics, growth hacking, entre outros, ditam as regras, forçando as empresas que não se adaptarem a correrem o grande risco de desaparecer em meio a tantos algoritmos.

Nesse contexto, a interiorização de uma cultura de dados na empresa é inadiável, pois é base para a implantação da Data Intelligence, permitindo encontrar, em meio a sua massa de dados, informações fundamentais para o bom desempenho no mercado, podendo, dessa forma, antecipar tendências e aumentar o seu potencial competitivo.

Em artigo, a MJV Technology and Innovation informa que uma cultura de dados empresarial, cultura analítica ou ainda cultura data-driven, é, antes de tudo, uma mentalidade organizacional. Podemos definir cultura de dados como a inclinação dos funcionários de uma empresa tomarem decisões baseadas em dados por padrão, buscando criar processos de refinamento dessas informações para apoiar o desenvolvimento do trabalho na organização.

Mas para implementar de fato um mindset data-driven e tornar-se uma empresa orientada a dados, não basta buscar dados para apoiar o trabalho se e quando possível – é preciso criar uma estratégia coesa e infraestrutura para construir um processo sistemático de coleta e transformação de dados em informação.

Com a expansão da internet móvel e o boom do acesso aos smartphones, presenciamos um verdadeiro maremoto de dados. A partir de então, a cada movimento ou operação que fazemos online, produzimos um grande volume de dados. Foi assim que as empresas tiveram o primeiro contato com o Big Data, ativos de informações de alto volume, velocidade e variedade. Em outras palavras, uma enxurrada de dados desestruturados produzidos por seus usuários. Neste momento, os dados tornaram-se protagonistas de todos os modelos de negócios competitivos. 

Isso criou uma economia comportamental orientada por dados e conectada através de estratégias omnichannel, responsáveis por obter esses insumos e capazes de se retroalimentar de acordo com o maior refinamento do conhecimento obtido. 

Além disso, implementar uma cultura de dados oferece uma série de vantagens diretas e indiretas: decisões mais assertivas, transparência nos processos de decisão, melhoria na produtividade, desenvolvimento de uma cultura de mensuração, implementação de OKRs e KPIs melhor direcionados, maior autonomia dos colaboradores, geração de insights e redução do time-to-market de soluções. 

A interiorização da cultura de dados enseja, para a consecução da Data Intelligence, um passo seguinte da empresa que é a necessidade do conhecimento dos clientes, dos canais utilizados para a venda e veiculação, do conteúdo que funciona nos canais, dos concorrentes e do custo necessário para que tudo aconteça: 

  • Conhecer tudo sobre os clientes, o entorno do cliente, o raio de atuação da loja, onde atua, onde vende, por mais que seja online, conhecer o endereço onde vende, qual o perfil do público de cada um dos endereços.
  • Quais são os canais: está vendendo por onde? Por WhatsApp, por e-mail, por onde o cliente lê mais? Tem interação pelo Messenger, pelo Instagram, pelo Facebook... qual o canal que traz melhor retorno? 
  • Conhecimento de conteúdo: qual conteúdo funciona mais para você, para o seu concorrente? 
  • É muito importante também conhecer o que os concorrentes estão fazendo, e
  • Conhecimento dos custos: onde se está investindo para atingir o cliente e, também, os custos para que tudo funcione. 




O não conhecimento dessas variáveis inviabiliza a implementação da  Inteligência de Dados na empresa. 

Conforme a Exame Solutions, as maiores empresas do mundo são data driven e utilizam inteligência de negócios em diversas áreas. A Amazon, por exemplo, otimiza seu estoque e logística com o uso de algoritmos inteligentes de otimização e a Netflix cria filmes e séries com base na opinião pública, coletando comentários de redes sociais. Mas isso não se limita às big techs. Todo e qualquer segmento do mercado pode se beneficiar da coleta e análise de dados.

Reflexão: pense sobre todos esses pontos que abordamos aqui, veja como eles podem ser implantados no seu dia a dia, tem funcionado muito conosco e com nossos clientes. E, caso surjam dúvidas ou precise de dicas de como seguir em frente com seus projetos baseados em dados, estou à disposição para ajudar, é um tema que gosto muito.

Colaboração: Afonso Macagnani
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