Artigo

O Caos Informacional

Paulo Pereira junho 29, 2022
Como lidar com o caos informacional?

Primeiramente, você está familiarizado com essa situação que vem tomando conta do ambiente empresarial? Sabe do que se trata?

"O problema é que as grandes corporações vivem hoje um caos informacional. Caos esse que cresce a uma velocidade vertiginosa."

As palavras acima são de Walter Koch, diretor da I-Ware e parceiro da Association for Intelligent Information Management (AIIM). Em sua opinião, o grande desafio da alta gestão de qualquer negócio é a garantia do acesso de colaboradores e parceiros ao enorme e crescente volume de dados, em seus diversos formatos, com praticidade e facilidade, bem como a gestão destas informações, a fim de que se extraiam vantagens competitivas, insights e assertividade na tomada de decisões.

Dados, por si só, não significam nada. Entretanto, se organizados, ordenados e devidamente analisados, geram informação. Informação esta que transmite um significado, resultando em compreensão.

O caos informacional não refere-se apenas a abundância no volume e variedade de informações, mas principalmente, sobre como essas informações são armazenadas, organizadas e gerenciadas, tendo em vista os riscos associados a elas e as ações necessárias para diminuí-los.

E já que falamos de riscos, vale destacar uma informação preocupante:

Muitas empresas - e a sua pode ser uma delas - estão infringindo leis, como a Lei Geral de Proteção de Dados, por exemplo, por negligenciar sua gestão de ciclo da informação e, consequentemente, não ter controle dos dados em sua posse, ou de quem tem acesso aos mesmos.

A situação fica ainda mais alarmante se levarmos em consideração algumas estatísticas levantadas em uma pesquisa recente da AIIM.

  • 46% dos entrevistados classificaram suas organizações como "ruins" ou "precisando de melhorias" na questão de aproveitamento dos dados.
  • 55% dos executivos consideram estar fazendo bom - ou excelente - uso da tecnologia em seus esforços organizacionais. Entretanto, levando-se em consideração apenas a opinião dos diretores e gerentes, esse número cai para 23%.
  • 25% dos entrevistados consideram que digitalizar, automatizar e integrar processos através da tecnologia ainda é o maior obstáculo a ser superado, enquanto 24% acreditam que o gerenciamento da informação ao longo do seu ciclo existencial é o maior desafio.
  • 26% das organizações afirmam que a maior dificuldade na implementação de tecnologias que ajudem no processamento dos dados é financeira, uma vez que os recursos em questão não são baratos, enquanto 24% dizem sentir falta de uma estratégia que permita a concretização dessa realidade e 18% alegam simplesmente não possuir uma cultura madura o suficiente para essa transformação.
  • 86% das empresas participantes afirmam não estar aproveitando ao máximo seus dados, enquanto 74% das mesmas consideram seu cenário de dados limitado pela complexidade.
  • 41% das organizações estão perdendo a batalha contra o caos informacional.


A situação é preocupante e liga um alerta: o que fazer para escapar desse cenário incerto?

Uma das atividades mais importantes para as empresas hoje é o mapeamento de dados, pois erros nesta fase podem se alastrar por toda a organização, levando a equívocos repetidos e análises imprecisas. A qualidade do mapeamento de dados determina a qualidade dos dados usados ​​para gerar os insights.

Está ficando cada vez mais claro que as abordagens tradicionais de gerenciamento de informações não serão suficientes para lidar com essa maré crescente de caos informacional, comprometendo seriamente as iniciativas de transmutação digital. 

Mesmo diante de um cenário em que a Inteligência Artificial encontra-se presente como nunca antes no dia a dia empresarial, as lideranças responsáveis ainda a veem apenas como um investimento tecnológico incremental. Consequentemente, deixam de obter vantagens competitivas a partir dela, uma vez que não realizam um gerenciamento eficaz dos recursos envolvidos.

E é justamente aí que encontra-se a grande sacada:

Não limitar-se ao uso da Inteligência Artificial apenas como uma ferramenta facilitadora de gestão da informação, e enxergá-la como uma ferramenta capaz de tratar todo e qualquer tipo de conteúdo, permitindo novas maneiras de procurar, encontrar, utilizar e armazenar informações, conectando todas as fontes de dados possíveis, organizando-as, relacionando-as, automatizando coletas e processos, bem como comparações e pesquisas.

Um sistema gerador de dados deve ser capaz de compreender três pilares: 

  • Qual é a informação? (Classificação)
  • Como ela se relaciona com outras informações? (Contextualização)
  • O que ela significa? (Significado)


Em plataformas de serviços de Inteligência Artificial, esses pilares costumam estar plenamente integrados, fornecendo estruturas uniformes para o uso de dados de acordo com cada nível de serviço. Também vale destacar que a classificação e a contextualização dos mesmos permitem a automação de métodos para um manuseio eficaz e correto das informações disponíveis, evitando que conteúdos sensíveis, particulares ou confidenciais estejam acessíveis a todos, através de medidas de proteção automáticas, de acordo com a seriedade do dado em questão.

Em suma, a Inteligência Artificial tem a capacidade de entregar mais transparência na administração de informações, com classificação e contextualização, ajudando a automatizar a implementação de regras importantes de gerenciamento de informações. Tal abordagem automatizada possibilita dimensionar a coleta e a conexão de informações, a partir de várias fontes de dados, considerando o valor e o risco dos mesmos, alterando uma abordagem tradicionalmente técnica de governança de dados para uma estratégia mais focada na entrega de resultados.

Walter Koch completa seu raciocínio com a seguinte reflexão:

“Os recursos de inteligência artificial estão mais acessíveis do que nunca. Muitos, inclusive, encontram-se ao alcance da prateleira mais próxima. Basta ajustar a Arquitetura da Informação e dar o primeiro passo.”

A boa notícia, em meio a tantas outras um tanto quanto desanimadoras, é que existem diversas ferramentas de Inteligência Artificial disponíveis no mercado para te ajudar a encontrar o equilíbrio que procura em relação a sua capacidade de lidar com os dados levantados, bem como aprimorar a qualidade dos mesmos e os meios usados para coletá-los, armazená-los e compará-los.

No Brasil, somos a primeira empresa a oferecer uma plataforma All in One que conta com todos as ferramentas digitais necessárias para você aprimorar todos os seus processos relacionados à dados, seja em sua coleta, em seu armazenamento, em sua segurança, em seu compartilhamento, em sua análise ou em qualquer outra etapa de seu ciclo de vida. 

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