Artigo
Os 5 passos para executar uma estratégia de Dados para captar e reter clientes
Paulo Pereira
junho 28, 2022
No artigo anterior, falamos sobre MATURIDADE DIGITAL e a nossa missão em busca do MULTIMOMENTO.
E para chegarmos lá…
Vamos aos 5 passos essenciais:
1 - Acesso
O que fazer para os clientes se comunicarem comigo?
Um caminho sólido é encontrar as respostas para as seguintes perguntas:
- Onde somos relevantes?
- Onde devemos recuar?
- Onde nossa concorrência encontra-se?
- Qual é o lugar certo para entrarmos e estarmos com nossos clientes?
- Como podemos ser mais rápidos e mais acessíveis?
- Como estar em todos os lugares e sempre ligado nos clientes?
Encontrando as respostas para as perguntas anteriores, será possível partir para a próxima etapa: compreendendo a jornada de acesso ao seu cliente.
Para isso, algumas técnicas convencionais são:
- O mapeamento da jornada de compra do consumidor;
- Carteiras digitais e fidelização;
- Serviços baseados em localizações geográficas;
- Conversação personalizada para compreender as expectativas;
- Compreensão dos micro-momentos do cliente - o que ele quer saber? - onde ele quer ir? - o que ele quer fazer? - o que ele quer comprar?
- Showrooming;
- Mentalidade omnicanal
Com tudo isso bem estabelecido, você terá uma percepção muito mais aguçada sobre a maneira com que o seu público alvo acessa o seu conteúdo e terá condições de aplicar correções, caso note que esteja falhando em alguma etapa do processo.
Partimos, então, para o próximo passo…
2 - Engajamento
Nos dias de hoje, somos bombardeados de informações o tempo inteiro, sejam elas interessantes, desinteressantes, boas, ruins, animadoras ou desanimadoras.
Justamente por conta dessa saturação, o Marketing de Conteúdo pode acabar caindo no limbo das informações excessivas e maçantes, caso seu planejamento e distribuição não sejam feitos de maneira bem organizada.
Para tanto, é necessário lembrar-se que conteúdos excessivos tendem a gerar uma escassez de atenção, da mesma maneira que a escassez de conteúdo pode significar uma redução considerável em seus resultados. A linha é tênue, mas os limites, quando compreendidos, ajudam a estabelecer uma fluidez necessária nesse tipo de comunicação.
Logo, para evitar a saturação - ou a falta de conteúdos relevantes, seja você mesmo a fonte do conteúdo de valor:
- Blog
- Vídeos
- Conteúdos orgânicos e patrocinados
- Artigos
- Podcasts
- Colabs
- Newsletters
- Relatórios
- Influenciadores
- E-books
- Pesquisas
- Infográficos
- Demonstrações de produtos
- Dicas e curiosidades
São caminhos certeiros e que, quando bem trabalhados, te ajudarão a conquistar uma posição de relevância, utilidade e confiança para com seu público, servindo como base para uma relação de engajamento mútua.
Com os processos anteriores bem estabelecidos, chegou a hora da terceira etapa:
3 - Customização
Personalização é a bola da vez!
Um estudo da Sales Force comprova que 65% dos consumidores fazem questão de uma comunicação personalizada e, caso não tenham esse desejo atendido, optarão por outro produto ou serviço de uma concorrente que ofereça aquilo que procuram.
A comunicação personalizada permite uma interação mais próxima do consumidor.
A empresa tem mais facilidade para entender como atraí-lo e, assim, pode concentrar as suas energias em garantir sua lealdade.
Além disso, por meio dessa aproximação com o público, os profissionais da organização serão capazes de compreender falhas e transformá-las em melhorias, criando a possibilidade de uma maior identificação com a marca e aumentando sua divulgação.
Algumas dicas e boas práticas nesse sentido são:
- Automações de marketing
- Atendimento humanizado
- Produzir produtos customizados (Exemplo: Coca-Cola e as latas com nomes próprios)
- Criar uma proximidade com o cliente através do próprio produto
- Segmentações bem definidas
- Atenção integral aos interesses, comportamentos e tendências de seu público alvo
- Sinceridade e transparência
- Análises geo sociais
Enquanto alguns desafios a serem superados nessa etapa são:
- Entender as escolhas que realmente importam para os seus clientes;
- A customização de produtos / serviços de maneira acessível e escalável;
- A compreensão da capacidade de escolha e por que ela importa;
- Compreender qual a motivação do seu cliente;
- Não ser "assustador", e nem "inofensivo"
E agora, com a sua comunicação personalizada bem definida, está na hora de alçar vôos ainda mais altos…
4 - Conexão
Em um mercado extremamente disruptivo, volátil e saturado por inúmeras marcas, ampliar e melhorar a capacidade de inovar e implantar sua cultura em sua empresa é uma questão primordial a fim de atingir mais competitividade e diferenciação.
Tenha em mente que o entendimento nas relações racionais e emocionais entre negócios, clientes e usuários validam as promessas de utilidade e afetividade correspondentes a sua proposta de valor desejada.
Com isso em mente, conectar-se com outras pessoas, empresas e, até mesmo, concorrentes pode ser uma ideia extremamente válida, levando-se em consideração que grandes comunidades virtuais tendem a crescer diariamente.
Essa interpretação abre espaço para algumas boas possibilidades e oportunidades:
- A chance de seu negócio fazer parte de uma comunidade virtual sustentável;
- A sensação de pertencimento a um nicho específico com o qual se identifique;
- A possibilidade de um ciclo de aprendizagem e relacionamento com o cliente;
- A quebra de objeções, a partir de uma compreensão esclarecida das expectativas do público;
- A possibilidade de reconsideração após uma experiência ruim;
- A amplificação de suas mensagens e conteúdos.
Alguns exemplos de conexões entre grandes empresas…
Netflix, Disney, Amazon e uTorrent:
Centauro e NetShoes:
Notem que, apesar da concorrência assumida, as interações são amigáveis e tendem a ser benéficas para todas as partes envolvidas, uma vez que, por serem descontraídas, chamam a atenção do espectador, despertam sua curiosidade e o instigam a interagir também.
Conexões são essenciais para crescer em seu mercado e, com elas, será possível chegar ao último passo de nossa estratégia…
Mas, antes de seguir adiante, atente-se aos seguintes questionamentos:
- Você tem capacidade de agir de acordo com os insights que está obtendo das conversas com seus clientes?
- Você tem certeza de que está preparado e com capacidade para responder às críticas?
- Você sabe a sobrecarga de mídia social? O cliente realmente precisa de outro formulário de marca, local ou comunidade para participar? Você está realmente criando uma experiência?
E, assim, chegamos ao 5º e último passo de nossa estratégia…
5 - Colaboração
A eficiência no desenvolvimento das atividades nunca esteve tão atrelada a ideia da colaboração no trabalho, quanto está nos dias de hoje.
Muito por conta da pandemia, o trabalho colaborativo acelerou-se, principalmente com novas estratégias digitais, por conta dos formatos híbridos e remotos que demandam ainda mais esforço colaborativo.
Daqui para frente, as empresas precisam focar em sua produtividade, promovendo mudanças por meio da colaboração e decisões em tempo real.
A demanda e a necessidade da colaboração digital mudaram completamente a forma como as organizações funcionam. "Local de trabalho” já não se refere exclusivamente a um espaço físico. Hoje, ele pode se referir apenas a uma tela de laptop.
Tudo é mais flexível e, justamente por isso, uma estratégia digital de colaboração no trabalho simplesmente derruba as barreiras de comunicação e melhora a experiência do funcionário, trazendo eficiência, inovação e crescimento.
Para tanto, anote essas dicas cruciais:
- É preciso manter-se firme na estratégia. Trabalhe a sua resiliência e transmita essa sensação a seus subordinados;
- Não economize tempo e nem recursos na análise dos dados coletados;
- Atente-se aos ajustes necessários e aja rapidamente;
- Escolha as ferramentas certas;
- Defina os personagens principais de sua estratégia;
- Conquiste e mantenha o engajamento de seus clientes;
- Avalie SEMPRE o próximo passo, antes de mudar sua estratégia.
E assim, te convido a mais uma reflexão:
Como está a estratégia de colaboração no trabalho dentro de sua empresa?
Pode ter certeza de que, a partir das respostas para tais questionamentos abordados aqui hoje, você terá muito mais clareza sobre seus próximos passos em direção à transformação digital que tanto almeja.
Mas ainda não acabamos por aqui…
Antes de finalizar, precisamos falar sobre um último tópico: Storytelling.
Afinal, de nada adianta ter ideias e mensagens brilhantes para transmitir, mas não saber como fazer isso da melhor maneira. Mesmo que sua escrita ainda não seja cativante o bastante, lembre-se que a de vários escritores de sucesso também não era no começo.
É tudo uma questão de encontrar a melhor maneira de comunicar-se, desenvolver a sua habilidade, sentir-se confortável e aprender a contar histórias capazes de encantar seus leitores.
E volto a dizer…
Estamos diante de uma quantidade absurdamente maçante de conteúdos, à qual estamos submetidos 24 horas por dia.
É preciso apresentar um diferencial claro para o seu público e não ser “apenas mais um”.
A seguir, um modelo de Storytelling que eu, particularmente, gosto muito:
Ao contar boas histórias, você garante que está produzindo um material único, independentemente do tema ser desgastado ou de conhecimento geral, o seu conteúdo abordará uma perspectiva única: a sua.
Entendeu onde eu quero chegar?
Então espero que tire proveito desses ensinamentos e consiga aplicá-los em sua jornada rumo à MATURIDADE DIGITAL.
Seguir nossa rede social